sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O monge e o escorpião


Dois monges estavam lavando suas tigelas no rio quando perceberam um escorpião que estava se afogando. Um dos monges imediatamente pegou-o e o colocou na margem. No processo ele foi picado. Ele voltou para terminar de lavar sua tigela e novamente o escorpião caiu no rio. O monge salvou o escorpião e novamente foi picado. O outro monge então perguntou:

"Amigo, por que você continua a salvar o escorpião quando você sabe que sua natureza é agir com agressividade, picando-o?"

"Porque," replicou o monge, "agir com compaixão é a minha natureza."




Gosto muitíssimo deste conto budista. Desde a primeira vez que o li, me tocou muito.

O sábio indiano Shantideva nos diz em seu livro "O Caminho do Bodhisattva":



Se alguém a quem ajudei
Ou em quem depositei grandes esperanças
Maltratar-me e magoar-me profundamente,
Espero ainda poder considerá-lo como um precioso mestre.



Quando somos magoados, quando confiamos em alguém ou  entregamos aquilo que de mais precioso possuímos e a ainda assim não somos compreendidos, é natural que a raiva e um grande sentimento que nos impulsiona para nos defendermos seja acionado.
Queremos agir, nossos instintos nos impulsionam para também ofendermos, na tentativa de defesa.
Se cedemos a essa lógica convencional de reagir, facilmente ficaremos inundados de raiva e mágoa.


Bodichita = coração desperto



Não basta termos um coração, ele precisa realmente cumprir a sua função para que possa " bater " de forma que o ser respire de fato o amor.
O verdadeiro amor é aquele que não diferencia o eu do outro.
O outro sou apenas eu mesmo em um outro contexto.

Então a pergunta que devemos nos fazer é:
- O que eu faria, como eu agiria diante de situação semelhante, tendo passado pelas experiências que aquele ser vivenciou?

Naquele momento talvez, aquela seja a única ação que ele consiga ter. A única que aprendeu.
Dentro do nível de compreensão daquela pessoa, é o que ela pode dar, naquele momento.

 Se pararmos, sem tentar fugir ou reagir, ou ainda sem tentarmos fazer nada para que o sentimento de dor e mágoa passe, poderemos olhar com compaixão para aquele ser e enxergar que, ele mesmo, se encontra em profundo sofrimento.

Mas diferente de você, ele talvez não veja uma saída. Reagir da mesma forma que ele, não irá criar nenhum mérito, nenhuma mudança. Mas talvez através da sua atitude compassiva, ele possa também se transformar.
É desta forma, que todos nos tornamos mestres uns dos outros.
E que, ao invés de criarmos padrões de mais sofrimento e dor, nos abrimos para a bondade e a compaixão.





Brigadeiro de Colher



Ingredientes

1 lata de Leite condensado
meio tablete de chocolate  Meio Amargo picado (85G)

1 caixinha de Creme de Leite
Modo de Preparo

Em uma panela, leve ao fogo baixo o Leite condensado com o Chocolate. Cozinhe mexendo sempre até obter consistência de brigadeiro mole (que corresponde a cerca de 8 minutos). Retire do fogo, acrescente o Creme de Leite e misture bem. Distribua em pequenos copos descartáveis (30ml de capacidade). Espere esfriar e sirva a seguir.

Dicas:
- Para fazer o Brigadeiro Branco, prepare a receita sem acrescentar o Chocolate Meio Amargo.




















quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Amor, de Vladimir Maiakovski


O Amor, de Vladimir Maiakovski


Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.

Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.

Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.

Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.

Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!

Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!

Ressuscita-me!

Quero viver até o fim o que me cabe!

Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.

Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.

Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.

E que, ao primeiro apelo:
- Camaradas!

Atenta se volte a terra inteira.

Para viver
livre dos nichos das casas.

Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo,
a mãe,
pelo menos a Terra.

Vladimir Maiakovski (1893-1930)


TRANÇA DE CHOCOLATE
Ingredientes:
  • 1 tablete de fermento biológico
  • 1 xícara (chá) de leite morno
  • 2 ovos
  • 2 colheres (sopa) de açúcar
  • 1 colher (chá) de sal
  • 2 colheres (sopa) de margarina
  • 500 g de farinha de trigo, aproximadamente
  • 450 g de chocolate meio amargo picado
  • 1 ovo batido
  • 2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro

Modo de Preparo:

Dissolva o fermento no leite morno, e misture os ovos, o açúcar, o sal e a margarina. Coloque a farinha de trigo aos poucos, misturando bem. Sove a massa até que esteja macia e não grude nas mãos. Cubra e deixe crescer por 20 minutos. Abra a massa numa superfície enfarinhada, formando um retângulo. Divida o retângulo em três tiras, no sentido do comprimento. Sobre cada tira distribua 150 g de chocolate meio amargo picado. Enrole cada tira como rocambole e monte uma trança com as três partes. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada, pincele com o ovo batido e deixe descansar por 15 minutos. Leve ao forno preaquecido a 180 graus C por 25 minutos ou até que esteja  dourada. Retire do forno e polvilhe o açúcar de confeiteiro.