quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Haver

O que é seu conteúdo interno e o que é do outro?
O que é interno e o que é externo?


O homem só é em relação a um outro, então o que é individual, é necessariamente também coletivo, social. Todos, independentemente de nossos "externos", não importando nossa "forma", ou "cor", ou ainda das nossas preferências por nos desvelarmos ou nos escondermos, compartilhamos da mais íntima experiência de viver, que é a de ser humano.


Vinícius o poetinha inquieto,  soube mais do que ninguém o que significa renascer muitas vezes dentro da própria vida. Transformou suas inquietações em uma certeza que espalhou através da sua poesia e de sua obra. A  certeza de que todas as nossas buscas poderiam ser resolvidas no encontro de um amor idealizado, que para ele, era a personificação do encontro com a mulher ideal.


O HAVER
( Vinícius de Moraes)


“Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai! eles não têm culpa de ter nascido…

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de sua inútil poesia e de sua força inútil.

Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa tola capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem de comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será e virá a ser
E ao mesmo tempo esse desejo de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante.

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
Na busca desesperada de uma porta quem sabe inexistente
E essa coragem indizível diante do grande medo
E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem história
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada.”





domingo, 23 de outubro de 2011

Passeio Socrático


Passeio Socrático

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir:

- "Qual dos dois modelos produz felicidade?"
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei:

- "Não foi à aula?"

Ela respondeu: - "Não, tenho aula à tarde". Comemorei:

- "Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde".

- "Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..."

- "Que tanta coisa?", perguntei.

- "Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: - "Que pena, a Daniela não disse: "Tenho aula de meditação!"

Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE,a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! - Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto?". "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é "entretenimento"; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!"O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.  

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno.... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "
Estou apenas fazendo um passeio socrático." Diante de seus olhares espantados, explico: Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.

Mamãe vai me dar um irmãozinho...Que bom...Humpf!

A música do "Palavra Cantada" mostra de forma muito lúdica a questão do receber um irmãozinho na família!


Mamãe vai me dar um irmãozinho. Estou contente. Que bom...Humpf!!

Esse post vai para todas as mamães, papais, filhos e filhas, e para todo mundo que tem irmão!

Perfeito! Só podia ser Palavra Cantada!

É muito natural que a criança sinta ciúmes, entre outros sentimentos, (ainda que peça um irmão), pois percebe que aquele tão desejado irmão não irá nascer do tamanho que esperava para poder brincar com ele, e ainda mais, que todas as coisas que até então eram só dele, como brinquedos e até o tempo dos pais, serão agora divididos.

Então não se preocupem com a possibilidade de o irmão mais velho sentir ciúmes, ou ficar mais agressivo, ou até mesmo zangado, magoado ou sentindo-se rejeitado com a vinda do novo membro da família que está chegando porque ele vai sim ter estes sentimentos, entre outros !rsrs Muito alentador né!

Mais calma, se ninguém pode evitar que a criança tenha estes sentimentos, por outro lado os pais podem fazer algumas coisas para facilitar essa transição que fez parte da vida de todos nós que tivemos irmãos.

Extraí as dicas abaixo, entre os tantos textos que aparecem em revistas, livros, e na internet, mas principalmente no seguinte site: http://www.vidadecrianca.com.br/
Então aí vão elas:
  • É hora de pedir ajuda dos papais e dos avós. A mamãe irá precisar muito da ajuda deles com relação aos cuidados com o irmão mais velho enquanto estiver envolvida com os cuidados do bebê que só ela poderá fazer, como por exemplo a amamentação.
  • Negar ou fingir que "não está acontecendo" não é uma boa medida. Permita que a criança se expresse, que fale dos seus sentimentos, isso fará com que ela se sinta melhor. E fale com palavras que ela possa compreender sobre o que será feito para cuidar dela quando a mamãe estiver na maternidade.
  • Os comportamentos agressivos são revelados quando a criança dá beliscões ou cotoveladas mais fortes no bebê, por exemplo. É importante compreender estes comportamentos como naturais, mas assegurar a proteção do bebê, e da própria criança, que pode sentir-se angustiada e culpada por não conseguir controlar as próprias emoções.
  • Entretanto, os sentimentos da criança com relação ao irmão mais novo são contraditórios, e em muitos momentos ela também sente afeição e vontade de cuidar desse bebê pequeno.
  •  É comum, com a chegada de um irmãozinho, a criança regredir a um comportamento já superado. As atitudes mais observadas são: sono agitado, molhar as calças durante o dia, prisão de ventre, medos e fobias repentinos ou exibição de um novo capricho com a comida. Algumas vezes, a criança enfrenta esse momento difícil assumindo o caráter de um personagem de um livro ou de um programa infantil que aprecia.

Isso é ainda como diria o Vinícius de Moraes:

    Filhos, melhor não tê-los!
      Mas se não os tiver, como saber?

Ahh ! Uma dica que eu acho bem legal para quem vai visitar é levar uma lembrancinha também para os irmãozinhos do recém-nascido. Dá sempre super certo, os papais adoram esse carinho especial para com o irmãozinho que está enfrentando esta fase.
Outra dica, é a de os próprios papais comprarem pequenas lembrancinhas e deixá-las guardadas para entregar para o imãozinho mais velho, na mesma hora que a visita chegar trazendo presentes para o bebê.
E agora uma receitinha para alegrar a criançada, com irmãos ou sem!
As crianças crescidas também irão gostar!

BOLO NO PALITO
Bolo com Coco e Chocolate, coberto com Cobertura de Chocolate ao Leite.
Ingredientes
  • Massa
    • 100 g de manteiga
    • 1 xícara (chá) de açúcar
    • 3 ovos
    • 1 colher (chá) de essência de baunilha
    • 1 xícara (chá) de Leite 
    • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
    • 2 colheres (chá) de fermento em pó
    • meio pacote de coco seco ralado (50g)
    • 4 colheres (sopa) de chocolate em pó 
  • Cobertura
    • 500 g de chocolate ao leite  para banhar
    • meia xícara (chá) de confeitos coloridos para decorar
    Modo de Preparo
    Massa:
    1- Em uma batedeira, bata bem a manteiga com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Junte os ovos, um a um, e a essência de baunilha.
    2- Junte o leite e incorpore a farinha de trigo peneirada com o fermento em pó. Divida a massa em 2 partes iguais. A uma delas adicione o coco, misture bem e despeje em uma forma retangular (23 x 32cm) untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. À outra adicione o chocolate em pó e incorpore-o bem.
    3- Despeje sobre a massa branca e com um garfo misture as massas num movimento circular correndo toda a forma.
    4- Asse em forno médio-alto (200ºC), preaquecido, por cerca de 30 minutos. Desenforme, corte em quadrados e espete um palito de sorvete.
    X
    Os ovos de galinha são recursos básicos na preparação de pratos tanto na gastronomia ocidental quanto na oriental. Por ser tão importante na alimentação e também responsável pela reprodução de inúmeras espécies, criaram-se muitas lendas sobre o alimento.
    CoberturaSiga as instruções da embalagem para a temperagem. Banhe os pedaços do bolo e decore com os confeitos. Sirva.
    A travessa do bolo com motivo de zebrinha foi um presentinho da Adriana minha queridíssima amiga! Obrigada Adri! Deu prá ver que eu adorei né!!





    domingo, 9 de outubro de 2011

    Uma janela para a lua




             Tenho uma janela virada para a lua... Quando olho para ela posso ver o céu todo cheio de estrelas.
    Entretanto ela sempre  se fecha ao amanhecer, e só resgato minha janela de estrelas e lua ao fechar novamente os olhos.
            Demorou para perceber que era preciso olhar pelo telescópio ao contrário para que eu pudesse descobrir minha janela de estrelas.
           E demorou tanto! Que meus olhos de tão cansados de procurar se perderam nos batentes de outras janelas. E as estrelas da minha janela, foram ficando cada vez mais distantes.
           O que é certo, é que apesar de tudo a janela insiste em continuar lá.
           E é justo nas noites de chuva que as estrelas brilham ainda mais.
           E brilham tanto!Que inundam quase todo meu ser com sua luz, tornando cada vez mais difícil que eu volte a fechá-la.
          Um dia desses, irei esquecer a janela aberta de propósito, e nunca mais irei fechá-la.
          Nesse dia, irei sentir iluminar todo o mundo, até o fim...

     

    UMA JANELA PARA A LUA
     
            (COLPO DI LUNA) é um filme italiano de 1995 lindíssimo. Que tem o Nino Manfredi como ator e cujo diretor é o  Alberto Simone.
            O vídeo acima mostra uma das falas finais do filme, dita pelo protagonista (Tcheky Karyo), ele é um físico que é obrigado a voltar à sua terra natal para vender a casa aonde cresceu.
           Durante esse retorno, acaba fazendo uma "viagem" por sua própria história, o que o leva ao reencontro consigo mesmo, através do encontro com outros personagens que trava contato na cidade.

     


    sábado, 1 de outubro de 2011

    O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre


    O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre
    Beto Guedes

    O medo de amar é o medo de ser
    Livre para o que der e vier
    Livre para sempre estar onde o justo estiver
    O medo de amar é o medo de ter

    De a todo momento escolher
    Com acerto e precisão a melhor direção
    O sol levantou mais cedo e quis
    Em nossa casa fechada entrar pra ficar

    O medo de amar é não arriscar
    Esperando que façam por nós
    O que é nosso dever: recusar o poder

    O sol levantou mais cedo e cegou
    O medo nos olhos de quem foi ver
    Tanta luz



    O medo de amar é o medo de ser livre...

            Medo...ahhhh o medo, tão necessário a sobrevivência e ao mesmo tempo que defende a vida, nos impede justamente de vivê-la as vezes.

         Ontem ainda, vendo uma entrevista com um paraquedista profissional, achei interessante ele dizendo que quando começou a saltar, (aos 12 anos!),  não tinha medo! Disse que pulava do avião como quem desce de um ônibus, e que o medo de saltar veio somente algum tempo depois, e que agora, claro, ele tinha medo.

           O paraquedista não caiu nenhuma vez, se tivesse caído, talvez tivesse sido fatal, mas ainda assim, pelas coisas que presenciou, pela consciência que adquiriu da vida, com o tempo, veio o medo.
    No amor, é claro que experiências ruins acabam determinando um medo que as vezes chega até mesmo a ser patológico, mas por outro lado, percebo que em geral, nem é esse o verdadeiro medo. Como já disse o Flávio Gikovate, "o medo é interno".

          Ouço tanta gente dizendo que quer um amor e esse parece ser, mais do que nunca, um momento em que as pessoas mais buscam alguém para se relacionar. Entretanto, essa vontade de ter  "alguém" parece ser absurdamente inversamente proporcional às pessoas que conseguem ter e manter um relacionamento.
          Fico pensando se esse novo jeito das pessoas se relacionarem não contribuíram de alguma forma para que as elas tenham ficado com mais medo de justamente conseguirem o que mais desejam.
    Consomem-se as pessoas como se consomem coisas, e assim como os objetos, as pessoas também são trocadas logo que uma "nova pessoa" aparece. São os relacionamentos fluídos, em que não se tem tempo para construir laços duradouros que sejam capazes de resistir à realidade das diferenças, dos desacertos, do tempo...

          O homem tem desejo de integração na mesma medida em que tem necessidade da individuação. E  é justamente quando se percebe uma possibilidade de uma grande felicidade, surge o medo da dissolução do eu. O medo de nos perdemos no outro, de nos diluirmos no relacionamento. O próprio medo da felicidade.

    Cupcake de Maçã




    INGREDIENTES:
    2 xícaras de farinha de trigo
    2 xícaras de açúcar
    1 xícara de óleo
    1 colher (sopa) de fermento
    3 ovos
    3 maçãs grandes

    PREPARO:
         As maçãs devem ser descascadas, as cascas serão batidas no liquidificador, e as maçãs descascadas devem ser cortadas em pedaços, e reservadas, para que sejam colocadas no final.Bater no liquidificador os ovos, o óleo, o açúcar e as cascas da maçã, adicionar esta mistura ao restante dos ingredientes numa tigela (exceto o fermento e os pedaços de maçã), misturar até que se torne um creme homogeneo, acrescentar o fermento, mexer um pouco e por último, misturar na massa as maçãs cortadas em cubos.Levar ao forno em temperatura média por 40 min.