terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O teste de fogo da verdade - pelo Osho

Todas as pessoas que me conhecem de perto sabem o quanto eu gosto do Osho. 
Considero Osho um dos meus mestres, ao lado das muitas pessoas, amigos e desconhecidos que passam ou passaram pela minha vida.

Nesta postagem deixo vocês com ele falando sobre "a verdade" ou sobre "por que dizer a verdade", já que se formos falar sobre "o que é a verdade" entraremos em uma questão filosófica tão deliciosa quanto inacabável a meu ver.

Afinal, as verdades dependem do contexto cultural, do momento em que se vive uma determinada verdade, e de tantas outras coisas. Mas eu disse que não entraria na discussão filosófica da questão, pelo menos por enquanto.

Então vamos ao Osho:



O teste de fogo da verdade

Nenhum relacionamento pode crescer se você continuar evitando se expor. Se você continuar sendo astuto, erguendo salvaguardas, se protegendo, só as personalidades se encontrarão e os centros essenciais continuarão sozinhos. Só a sua máscara estará se relacionando, não você.

Sempre que algo assim acontece, existem quatro pessoas no relacionamento, não duas. Duas pessoas falsas continuam se encontrando, e duas pessoas verdadeiras continuam separadas uma da outra.

Existe um risco. Se você for verdadeiro, ninguém sabe se esse relacionamento será capaz de compreender a verdade, a autenticidade; se esse relacionamento será forte o suficiente para vencer a tempestade. Existe um risco, e, por causa dele, as pessoas continuam se protegendo.

Elas dizem o que deve ser dito, fazem o que deve ser feito. O amor se torna algo como um dever. Mas assim a realidade continua faminta, e a essência não é alimentada, e vai ficando cada vez mais triste.

As mentiras da personalidade são um fardo muito pesado para a essência, para a alma. O risco é real, e não existem garantias, mas eu lhe digo que o risco vale a pena.

No máximo, o relacionamento pode acabar. Mas é melhor se separar e ser verdadeiro do que ser falso e viver com outra pessoa, pois esse relacionamento nunca será gratificante. As bênçãos nunca recairão sobre vocês. Você continuará faminto e sedento, e você continuará se arrastando pela vida, só esperando que algum milagre aconteça.

Para que o milagre aconteça, você precisa fazer alguma coisa: comece sendo verdadeiro, com risco de que o relacionamento não possa ser forte o bastante para resistir a isso. A verdade pode ser dura demais, insuportável, mas nesse caso o relacionamento não vale a pena. Por isso é preciso passar pelo teste.

Depois que for verdadeiro, todo o restante se torna possível. Se você for falso — só uma fachada, uma coisa artificial, um rosto, uma máscara — nada é possível. Porque com o falso, só o falso acontece; com o verdadeiro, só a verdade.

Eu entendo o seu problema. Esse é o problema de todos os casais: eles têm medo dessa atitude de ir mais fundo. Eles vivem perguntando se esse relacionamento será forte o bastante para suportar a verdade. Mas como você vai saber de antemão? Não há como saber. A pessoa precisa fazer para saber.

Como você vai saber, sentado na sua casa, se conseguirá vencer a tormenta e o vento lá fora? Você nunca esteve numa tormenta. Vá e veja. Tentativa e erro é a única maneira — vá e veja. Talvez você seja derrotado, mas até nessa derrota você se tornará mais forte do que é agora.

Se uma experiência derrota você, depois outra e outra, pouco a pouco a própria vivência da tempestade vai tornando você mais forte. Chega um dia em que você simplesmente começa a se deliciar com a tempestade, você simplesmente começa a dançar na tempestade. Então ela deixa de ser sua inimiga. Isso também é uma oportunidade — uma oportunidade delirante — para ser.


Lembre-se, o ser nunca acontece de modo confortável; do contrário aconteceria a todos. Ele não pode acontecer de modo conveniente; de outro modo todo mundo teria o seu próprio ser autêntico sem nenhum problema. O ser só acontece quando você assume riscos, quando você enfrenta o perigo. E o amor é o maior perigo que existe. Ele exige você totalmente.

Portanto não tenha medo, mergulhe de cabeça. Se o relacionamento sobreviver à verdade, será maravilhoso. Se ele perecer, isso também é bom, porque um relacionamento falso chegou ao fim, e agora você poderá iniciar outro — mais verdadeiro, mais sólido, mais relacionado à essência.

Osho, em "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência e se Relacionar Sem Medo"



A música... como de costume... e tente não ficar cantando depois o refrão, eu não consegui !

"I go where True Love goes,
  I go where True Love goes
  I go where True Love goes,
  I go where True Love goes..."



E prá acompanhar o post com música um  Brigadeiro com Geléia de Pimenta !


Só prá você!

Ingredientes

Brigadeiro
1 lata de Leite condensado
3 colheres (sopa) de Chocolate em Pó

1 colher (sopa) de manteiga  para untar
manteiga para untar
Geleia de pimenta
3 pimentas dedo-de-moça médias, sem sementes, picadas
2 colheres (sopa) de açúcar

Modo de Preparo

Brigadeiro:
Em uma panela, misture o Leite condensado com o Chocolate em Pó e a manteiga e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até desprender do fundo da panela (que corresponde a cerca de 10 minutos). Retire do fogo, passe para um prato untado e deixe esfriar. Com as mãos untadas, enrole em bolinhas e coloque em quadrados de papel celofane (4x4cm) e em forminhas de papel. Reserve.

Geleia de pimenta:
Em outra panela, misture a pimenta com o açúcar e três colheres (sopa) de água, e leve ao fogo, deixando ferver por cerca de 2 minutos para apurar. Espere esfriar. Com uma colher pequena, pressione o centro de cada docinho, fazendo uma cavidade. Coloque uma porção da geleia e sirva.

Dica:
- O docinho deve ser colocado no papel celofane para não entrar em contato direto com a forminha de papel.
 
 





2 comentários:

  1. Nossa, já faz um tempinho que estou para comentar que achei o máximo voce postar uma receita de brigadeiro com recheio de geleia de pimenta (!!!)junto com esse tema do Fogo da Verdade. Doce e ardido. Existe uma música de John Legend (Save Room) que diz "Love hurts sometimes when you do it right/Don't be afraid of a little bit of pain/Pleasure is on the other side" , cuja tradução é mais ou menos o seguinte: " O amor às vezes machuca quando vivido como se deve/ Não tenha medo de um pouquinho de dor/ Pois junto existe o prazer".Igualmente doce e ardido.
    Estou fazendo os brigadeiros com a geleia...Beijos!

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  2. Elaine querida amiga...

    Doce a ardido...dor e amor...sabores para expressar dos sentimentos, mil significantes!
    Todos partes de nós, mas que em geral, são dificilmente aceitos.
    Queremos o doce, o belo, o agradavel, a alegria.
    Rechaçamos a dor, e tudo que a faça lembrar.
    Porque isso as vezes significa aceitar o que somos ou que faz parte de nós.
    Dor e sofrimento são coisas diferentes. Pode-se sentir dor, mas não precisa haver sofrimento.
    Aceitar a dor, as vezes é o caminho mais fácil para a cura. Permitir-se sentir quando for o caso de sentir. Saber-se humano, e não negar as próprias emoções é um processo de profundo auto-conhecimento. Mas o ganho pode ser imenso, afinal, o que pode ser melhor que o resgate da própria identidade, com seu eu mais profundo?

    No amor e na dor, que tudo seja sentido com intensidade e tranquilidade. Mas que seja vivido sem medos e com coragem de se olhar por dentro.

    Quanto ao amor dos relacionamentos, fico com a sua frase do comentário, que achei como sempre perfeito :

    " O amor às vezes machuca quando vivido como se deve/ Não tenha medo de um pouquinho de dor/ Pois junto existe o prazer".Igualmente doce e ardido.

    Uma pitadinha de pimenta no relacionamento a dois, pode dar sim, muito mais sabor !
    beijos
    obrigada pelo comentário!

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