segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mudar dói, não mudar dói muito...



O URSO FAMINTO


Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira ardendo em brasas e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.
Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

“ O URSO FAMINTO”


César Romão ( do livro "Tudo vai dar certo")




Ao terminar de ler a história fiquei com a imagem do urso morto. Com expressão de uivo e de dor, mas ainda firmemente agarrado a panela.

A quantas coisas nos agarramos como o urso à panela, coisas que julgamos tão importantes para nós que nos achamos incapazes de largar. Sentimos que dói, agonizamos as vezes até, mas ao invés de apenas soltar, nos agarramos ainda mais a origem da dor.

Pior ainda são aquelas dores que nos acostumamos a sentir,as que nos conformamos em conviver.
A dor passa a ser tão parte de nós que nem sequer conseguimos identificar quem sou eu e o que é a dor.
Quem eu serei se abandoná-la? Como eu serei?

Muitas vezes a única coisa que tememos é a mudança. Preferimos nos agarrar a velhos padrões de relacionamento, de sentimentos, de comportamentos...porque ainda que doa, é um caminho já trilhado, conhecido, sem surpresas...

Se pudéssemos perceber que as vezes, só o que temos que fazer é soltar, deixar ir,abrir os braços e sentir todo o vazio deles.

A princípio a falta da dor, é o que irá doer. Sentiremos falta dela, porque nos acostumamos a ela. Mas com o tempo, talvez percebamos que braços que se abrem e deixam ir são mais leves, podem descrever movimentos delicados como os das mãos das bailarinas de dança do ventre, porque são livres, e porque principalmente sabem deixar livres também.
As mudanças acontecem a todo momento, e elas já estão acontecendo indepentemente da sua vontade, simplesmente porque é uma das leis universais da vida. Porque tudo é impermanente, tudo muda, e nada nos pertence de verdade, assim como sequer nos pertecemos a nós mesmos.

Então, da próxima vez que se perceber agarrado à panela, experimente observar seus sentimentos, substitua a imagem do urso agarrado a panela por braços abertos, cheios de todo vazio necessário à todas as mudanças realmente importantes.
Braços que deixam ir, mãos que descrevem no ar o suave e delicado movimento do desapego. Braços abertos que podem ser preenchidos por outras experiências, talvez menos doloridas, ou talvez mais, quem sabe, mas com certeza, membros que terão tido a coragem de aceitar a mudança como parte natural da vida.


É como diz Osvaldo Montenegro na música:


MUDAR DÓI, NÃO MUDAR DÓI MAIS AINDA!!!







TORTA DE PÃO DE FORMA


Ingredientes:

1 Pacote de Pão de Forma Sem Casca
300gr de Queijo Mussarela
300gr de Presunto
2 copos de requeijão
1 lata de creme de leite
2 tomates
3 colheres de leite
orégano
pimenta
sal a gosto
1 Pacote Batata Palha.

Modo de Preparo

Molho:
Em uma tigela coloque os dois copos de requeijão, o creme de leite, as 3 colheres de leite, sal, pimenta e o orégano, misture bem ate que fique um creme, e reserve. Em uma travessa unte com margarina e forre o fundo da travessa com o pão, em seguida espalhe um pouco do creme no pão e coloque uma camada de queijo e outra de presunto, coloque os tomates cortados em fatias, repita novamente a camada,quando cobrir o tomate com o pão espalhe o restante do creme no pão e cubra com batata palha. Coloque no forno por 25 minutos ou até ficar dourado. Sirva a seguir.

3 comentários:

  1. Já cantava Renato Russo na música "Por Enquanto": Se lembra de quando a gente
    Chegou um dia a acreditar
    Que tudo era pra sempre
    Sem saber que o pra sempre
    Sempre acaba
    Pois é, assunto dolorido esse...mas necessario.
    Beijos

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  2. Oi minha querida amiga-irmã
    Leio teus comentários sempre rindo, se pudesse ver, ou saber....
    Ahhhh! a letra desta música que vc colocou aí em cima, tem história...não poderia ter sido mais essencial esta lembrança pra mim.
    Tenho aprendido que a única certeza que temos é impermanência de todas as coisas.
    beijos
    com todo carinho do mundo
    e espero que meu carinho te alcance aonde esteja, assim como nos encontramos.
    Obrigada pelo comentário
    e por ter me encontrado
    bjs

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  3. Uci, ainda não fizemos nenhum encontro em Curitiba, mas pode deixar que vamos incluir você no primeiro. A Paula e eu estamos programando para um dos finais de semana de outubro. Envio e-mail, ok?

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