quinta-feira, 15 de abril de 2010

Meditar ...pausar.







Todas as pessoas são instrumentos.
Algumas pessoas tem a capacidade de nos tocar em notas antes desconhecidas ou até consideradas inacessíveis por nós.
Essas notas podem fazer soar as mais lindas melodias, ou ainda, alguns sons que nos prendem dentro de padrões comportamentais que nos escravizam.
O tempo todo, milhões de pensamentos nos inundam a mente. Ao colocar o sapato estamos com o pensamento no trânsito, ou no trabalho, e assim sucessivamente.
Uma pessoa considerada produtiva é aquela que não pára. Temos que produzir, o tempo todo. E ainda no nosso tempo livre, temos que fazer algo.
Um hobby, a ginástica, ou ainda todos aqueles estímulos e prazeres passageiros que só alienam, mas que ao final deles, nos sentimos ainda mais vazios do que antes. O que nos impulsiona a buscar novamente por mais e mais estímulos, obsessivamente.

É por isso que meditar nos dias de hoje, soa quase como um  ato subversivo.

Outro dia ao contar que meditava para um amigo, ele me respondeu conclusivamente: "- Eu prefiro meditar andando mesmo!"
Mais meditar não é pensar!!!
Apartir desta conversa percebi que as pessoas, a maioria delas, não sabe o que é meditar.
Adoro a definição de Milarepa, e todas as vezes que começo a meditar, é inevitável, a primeira coisa que me vêm à mente, são os pensamentos dele.



“Medite na natureza não nascida de sua mente

Como o espaço, sem centro, sem limite;

Como o sol e a lua, brilhante a clara;

Como a montanha, imóvel, inabalável;

Como o oceano, profundo, imensurável.”
                                                   -MILAREPA-.



Então, é só respirar fundo, sentindo o ar entrando nos pulmões e descendo pela barriga.
Ela se infla. Um novo padrão de respiração serve para avisar que a mente passará a operar de outra forma.
Ao respirar desta forma, pela terceira vez, já não é preciso o som real do "sino ", ele é mental.

Então minha mente mergulha.
O corpo pára, nenhum movimento ,
só a respiração.

Os pensamentos passam, como as ondas do mar 
Eles vem,
chegam,
e vão.

Não os impeço.
Não há luta.
Há entrega.
Mais não posse.
Porque não me prendo a nenhum deles.
Somente os aceito.
Eles vem com a próxima onda, eu os vejo, observo, e vão-se novamente.

Na próxima onda, já não serão os mesmos.

Eu não sou meus pensamentos.

E assim, para além de todos os meus pensamentos e inúmeras identidades que todos nós possuímos, invariavelmente eu encontro meu verdadeiro eu.
E percebo que esse eu, que eu sou, não é só, mas sinto que está conectado à todos seres, animais, plantas, e à própria vida.

No fundo, lá no fundo, para além de pensamentos e identidades, sinto-me parte do todo.
Conectada e sempre indissociável, como sempre fui.

Nessse momento, percebo que todas as estrututas de comportamento e pensamento são imediatamente destruídas.

A única coisa que sobra, é o que realmente importa,é  o verdadeiro amor por todos os seres, porque neste ponto, posso saber e sentir o real sentido e essência das coisas, todas as demais, as coisas que vivemos todos os dias, são ilusões, sonhos que inventamos para viver.

E ainda que esses sonhos sejam necessários no nosso mundo físico, é preciso que saibamos escolher, quais destes sonhos queremos viver, e como iremos vivê-los.





Pão com Goiabada

Ingredientes
  • 30 g de fermento biológico
  • 1 1/2 xícara (chá) de leite morno
  • 9 1/3 xícaras (chá ) de farinha de trigo
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 2 colheres (sopa) de óleo
  • 1/2 colher (chá) de sal
  • 3 ovos
  • 2 gemas para pincelar

Recheio
300 g de goiabada

Modo de Preparo
Desmanche o femento em 1/2 xícara de leite morno, tampe e deixe crescer  até virar uma espuma. Faça um monte com a farinha e forme um buraco no meio.
Adicione os ovos, a mistura de fermento, o óleo, o sal e o açúcar e mexa com as mãos. Aos poucos, adicione o leite restante e amasse bem. Se necessário, acrescente mais farinha de trigo até desgrudar das mãos. Faça bolinhas, abra um buraco no meio, coloque um pedaço da goiabada e feche bem.
Deixe descansar por 45 minutos.
Bata as gemas, pincele os pães e leve-os ao forno até dourarem.

2 comentários:

  1. Querida Uci, achei muito interessante a forma como voce descreve uma meditação. Sem exageros,nessa descrição voce nos transporta para o estado meditativo,foi como se eu estivesse sentada do teu lado participando do mesmo momento, da mesma sensação.
    E sobre a vida ser um sonho que inventamos para viver,ai, ai, essa mensagem vem me encontrando em cada esquina, via voce, via leitura ( A Cabana), via sinais...preciso de uma pedaço desse pão!
    Beijos.

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  2. Minha querida amiga
    Tenho certeza que temos buscas e caminhos muito parecidos, ainda que a vida nos tenha colocado outras experiências. Te sinto amiga, irmã, uma mulher sem igual da qual me orgulho de partilhar pensamentos. Nunca me cansarei de dizer isso!
    Obrigada pelo comentário!
    Quanto ao pão querida, quando voltar ao Brasil faço pra vc ok?
    Quem sabe desta vez nos encontramos em SP, ou vc bem que podia vir até PG né?
    Beijão
    Boa viagem de volta!
    Já aguardo seu retorno!

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