sábado, 9 de abril de 2011

Sobre dar nascimento aos outros seres...




Ontem na aula, durante uma discussão-desabafo, procurando entender sobre a tragédia ocorrida esta semana no Rio ...eu me perguntava o mesmo que parece ser a principal pergunta de muitos de nós:

- Como ninguém viu? Como ninguém percebeu e fez o resgate daquele moço que tornou-se monstro? Será que nunca, em nenhum momento, ninguém cruzou o caminho dele para poder transformar, ajudar, mudar esse destino que agora pudemos ser testemunhas?

Conformar-se não é mais uma opção.

Mas vou além...Mais do que juntar nossas energias de pesar e dor as já existentes, concentremos nossas energias em olhar para o outro dispostos sempre a direcionar àquele ser, nosso olhar transformador, vendo no outro o que as vezes  nem ele próprio pode enxergar.

Quando vemos no outro o que ele pode ser de bom, de bem, quando enxergamos nele uma "outra paisagem" possível , ele próprio passa a acreditar.

Quantas vezes mudamos a história de outra pessoa só pelo olhar.
Um olhar capaz de dar nascimento a novas atitudes, a uma nova maneira de existir no mundo.
Um olhar que sustenta um outro jeito de se enxergar no mundo, e que sabe que somos todos seres em transformação, com disposição e energias tanto para as atrocidades como para os gestos mais genuínos de bondade.
      Que cada um de nós ao invés de lamentar-se pelo ocorrido possa tomar para si cada criança que encontre pela vida, cada idoso, cada ser, não importando a idade ou ainda a espécie, mas que tome consciência de uma vez por todas, que somos todos inseparáveis um do outro, que existe interdependência, e que não adianta nos trancarmos em muros ou condomínios.

O vazio da alma não conhece limites, e atinge a todos.

A violência a que todos nos sentimos "violentados" pelas notícias, ainda que não tenham ocorrido diretamente conosco nos faz as vezes pessoas mais temerosas da vida e dos outros seres.

E viver assim, não é viver, viver assim, é respirar pela metade, contidos.

Escapamos por vezes de uma tragédia ou violência direta mas nos violentamos aos poucos, na direção de doenças que somatizamos pela culpa, pela
impotência e pelo medo.

É importante a  possibilidade de discussão e elaboração desse luto aonde nos sentimos um pouco mais perdidos dentro de nós mesmos.

Aonde nos sentimos um tanto perdidos em "humanidade".
Mas que ao mesmo tempo sirva para que nunca mais deixemos passar "batido", nenhum ser que esteja precisando de abrigo, de um olhar, de acolhimento de palavras, ou seja lá o que for.

Como diria o Lama Samten:
"(...) Olhar o outro e ver o que afeta a existência dele, para nos manifestarmos de forma positiva para remover os obstáculos, isso é compaixão. Para promover as qualidades positivas, isso é amor.”

Um beijo cheio de compaixão para todos vocês na certeza de que se cada um de nós fizer sua parte, aonde está, rumaremos na direção de um mundo mais harmonioso



DOCE DE ABÓBORA DA UCI


Ingredientes:
  • 1 kg de abóbora cortada em cubos (não conta prá ninguém mas eu comprei as abóboras já descascadas e cortadas em cubos...rsrs)
  • 2 xícaras de açúcar
  • 1 xícara de água
Modo de fazer:

Coloca a abóbora com a água e o açúcar em fogo baixo mexendo de vez em quando. Retira do fogo quando as abóboras estiverem cozidas.
Quanto mais tempo ficar no fogo, mais cozidas elas ficarão, podendo ficar em ponto de cubinhos ou em fiapinhos, isso vai do gosto do freguês!

Gente o maior trabalho deste doce é descascar a abóbora e cortá-la em cubos ...rsrs

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coloque seu temperinho comentando este assunto.