Compartilho com vocês uma análise feita na disciplina de História da Música do Conservatório aonde estudo. Devo agradecer ao maestro Rafael Rauski pela oportunidade de aprender Música de forma ativa, contextualizada e crítica. Gratidão também a doce Carina sua namorada, a qual tenho a alegria de poder conviver no dia a dia e partilhar sonhos.
Saudade da Minha Terra – Goiá e Belmonte
De que me adianta
viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabía cantando no jequitibá
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabía cantando no jequitibá
Por Nossa Senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
eu tenho pensado
eu fico com pena, mas esta morena
não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com rádio ligado
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
eu tenho pensado
eu fico com pena, mas esta morena
não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com rádio ligado
Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Pra minha mãezinha já
telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer
“Saudade da minha terra” é um hino do típico caipira que saiu do interior e foi buscar uma vida melhor na cidade mas que leva no coração , a pureza e o amor pelo que deixou para trás. Esta poesia-musicada vai relatando ao longo das suas estrofes, todos os pequenos prazeres e felicidades da vida no sertão. Apresenta-nos uma felicidade-calma e uma alegria naturais de quem pode acordar ouvindo o “galo cantando” e o “nhambu piando no escurecer”.
A
saudade pode ser sentida em cada nota, que entretanto, não é triste. É uma
saudade cantada em um ritmo dançado que demonstra a fé e a força por superar
essa saudade pela via do retorno a terra amada. Esta resiliência tão típica do
sertanejo, aparece quando ele versa:
Estou contrariado, mas
não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
A música liberta o grito desses que viviam calados até que Goiá e Belmonte
cantaram em desabafo o orgulho de ser caipira, a saudade e o amor eternos ao
sertão. Por isso mesmo, ela é capaz de nos emocionar a todos. Mas especialmente
aqueles que como eu, vindos do interior para a cidade, sabem o quanto é
impossível esquecer suas origens, já que elas moram para sempre dentro de nós.
CAIPIRA MEMO
Coloquei o vídeo abaixo para que você também possa fazer uma leitura das imagens, mas não recomendo que você assista se não tiver estômago forte.
Isso memo, tão sabendo quanto eu tô
querendo,
Se eu te pegar não tô nem veno, vai ser um veneno.
Eu tô com dó, uh, do teu corpinho.
Se eu te pegar não tô nem veno, vai ser um veneno.
Eu tô com dó, uh, do teu corpinho.
Fiquei sabendo que é rica lá na
capital,
Você só sai com gente chique de alta classe social,
Mas não faz mal, eu tenho um sítio.
Você só sai com gente chique de alta classe social,
Mas não faz mal, eu tenho um sítio.
E nesse sítio tem boizinho, tem
vaquinha
Tem caminhonete novinha que é pra gente passear.
A minha vida é simplesinha, mas tô nessa,
Vou pro shopping pra você me arrumar.
Tem caminhonete novinha que é pra gente passear.
A minha vida é simplesinha, mas tô nessa,
Vou pro shopping pra você me arrumar.
Me arrumei, tô bonito, me formei,
Aprendi a falar certo pra poder te conquistar.
Te conquistei com esse meu jeito caipira
E com o meu jeito de falar.
Aprendi a falar certo pra poder te conquistar.
Te conquistei com esse meu jeito caipira
E com o meu jeito de falar.
E no começo você fala ai,
Agora gosta e vive falando ui.
Fala até porta, porteira, portão,
Tô querendo até no chão.
Agora gosta e vive falando ui.
Fala até porta, porteira, portão,
Tô querendo até no chão.
Ai, ai, ai, ai, ai...
Ui, ui, ui, ui, ui...
Ui, ui, ui, ui, ui...
A
segunda música está em perfeita concordância com o que se vive nos dias atuais.
Zygmunt Bauman, o sociólogo polonês e filósofo do nosso tempo, nos alerta: "Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar". Ou
seja, este estilo musical chamado de Sertanejo Universitário, apenas reflete o
nosso tempo, aonde a própria música é feita para ser consumida. Este estilo
musical parece ter sido feito com base em pesquisa de mercado, e suas letras
ficam em um espaço mítico, entre o nada e o lugar nenhum, já que demonstram uma
tentativa de se explorar esse nicho das pessoas vindas do interior ao mesmo
tempo em que mistura as demandas de uma vida na cidade com os relacionamentos
afetivos.
Nota-se que as diferenças nos estilos das duas músicas, se dão não
somente nas letras, mas também na própria melodia. Na primeira, a melodia prima
por instrumentos da roça mesmo, como a viola por exemplo. Já na segunda, o
estilo dos cantores lembra muito de longe o típico caipira. No sertanejo universitário,
ocorre uma mistura de instrumentos vindos do rock, bem como se percebe uma
mescla de vários estilos outros, lembrando em alguns momentos até mesmo o funk.
Sem contar que o próprio clipe somado a todos estes elementos de melodia, letra
e estilo dos cantores, parece gritar exatamete o oposto do que se pretende
dizer na primeira música. Ou seja, a mensagem que fica é a de que o legal mesmo
é ser "moderninho" e "urbanizado".
Embora tanto as nomenclaturas “Música Caipira”, quanto
“Sertanejo de raiz” definam o estilo da primeira música, a primeira
nomenclatura é mais capaz, na minha opinião de diferenciar o primeiro estilo
musical do segundo, na segunda música (sertanejo universitário).
É interessante ressaltar que embora o estilo chamado
“Sertanejo Universário”, tenha surgido nas festas universitárias, acabam
por conflitar com o saber dito universitário, já que suas letras não primam por uma
escrita formal, mas ao contrário, utilizam-se de um português pobre e pouco
criativo. Enquanto a letra grita “ Aprendi a falar certo prá poder
te conquistar”, sua escrita contém inúmeros erros de português. Isso sem contar o fato do previsível apelo sexual.
Para que se possa ter o direito a escolha, antes é preciso garantir que as pessoas possam ter acesso ao maior número de opções possíveis. No caso da música, é preciso que se garanta a toda população o contato desde cedo, aos diversos estilos musicais, para que, só então, eles próprios possam optar. Não se pode preferir o sorvete de limão, se só se conhece o sabor morango!!!
TORTA DE CHOCOLATE BRANCO COM CALDA DE
MORANGO
Ingredientes
·
1 pacote
de biscoito de chocolate
·
100 g de
manteiga
·
1 lata de
creme de leite
·
1 tablete
de chocolate branco picado (170 g)
·
meia
colher (chá) de gelatina em pó sem sabor
·
3 claras
·
3
colheres (sopa) de açúcar
·
1 xícara
e meia (chá) de morango
·
2
colheres (sopa) de açúcar
Modo de Preparo
- Bata o Biscoito no liquidificador até obter uma farofa fina. Misture a manteiga até que a massa fique homogênea. Forre o fundo de uma forma de aro removível (25 cm de diâmetro) e reserve.
- Aqueça o Creme de Leite em banho-maria. Junte o chocolate branco e mexa até obter um creme homogêneo. Reserve.
- Em um recipiente refratário, coloque a gelatina e dissolva em 2 colheres (sopa) de água, leve ao banho-maria até derreter. Junte ao creme de chocolate.
- Em uma panela, junte as claras e o açúcar, misture bem e leve ao fogo baixo, mexendo vigorosamente sem parar, por cerca de 3 minutos, sem deixar cozinhar.
- Transfira para uma batedeira e bata até dobrar de volume. Junte ao creme de chocolate, delicadamente.
- Coloque o creme de chocolate sobre a massa de Biscoito e leve para gelar por cerca de 4 horas ou até que esteja firme.
- Coloque as frutas em uma panela com o açúcar e leve ao fogo por cerca de 5 minutos, após iniciar a fervura. Retire e deixe esfriar. Sirva sobre a torta.
Dica: Leve a base de biscoitos para
dourar no forno por uns minutinhos. A base da torta ficará muito mais crocante.
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